Empresas de app desprezam trabalhadores, sindicatos e fazem pouco caso do governo federal na regulamentação do setor de motofrete

Há 120 dias, as empresas de app iFood, Rappi, Amazon, Flixbus, Uber, Zé Delivery, Buser, 99, Lalamove, Mercado Livre, GetNinjas, PayPal, Loggi, Movile, Americanas, C6 Bank, Facily, OLX, euEntrego, entre outras, estão brincando com os trabalhadores motociclistas e ciclistas, além de desprezarem intermediação do governo federal no GT tripartite, que discute remuneração mínima, saúde e segurança para os entregadores de todo Brasil.

Nesse tempo todo, também menosprezaram os sindicatos de motofrete, legítimos representantes dos trabalhadores no Grupo Tripartite do governo federal, incluídos no DECRETO Nº 11.513, DE 1º DE MAIO DE 2023 – Presidência da República – Casa Civil – Secretaria Especial para Assuntos Jurídicos.

A única coisa que desejaram negociar foi a Previdência Social, o que não é mais que uma obrigação delas e uma conversa que deve ser direta com o Ministério da Previdência Social.

Até aqui, as empresas de app promoveram a maior precarização trabalhista jamais vista no país, onde fogem de todas as responsabilidades sociais, negam reiteradamente aumentos nas entregas – sendo 7 anos sem reajuste, e exploram os entregadores que não tem outra alternativa a não ser permitir esse abuso.

Além disso, compram influenciadores digitais, lideranças e até agências de marketing para práticas antissindicais, inclusive sendo pegas em flagrante delito e condenadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) a pagarem indenizações milionárias, além de terem que reconhecer vínculo trabalhista com seus colaboradores.

Se não fosse suficiente as questões citadas acima, são diretamente ligadas ao aumento de acidentes com à categoria, que têm causado mortes e comprometendo toda uma geração de jovens com sequelas físicas para o resto da vida.

As empresas de app ainda causam desequilíbrio no setor das entregas rápidas por que não pagam impostos e direitos trabalhistas, não cumprem as leis federais 12.009, 12.997 e a 12.436, sonegando também impostos e promovendo concorrência desleal em relação as empresas tradicionais express, que cumprem suas reponsabilidades sociais e trabalhistas.

Diante desse cenário, o governo federal não pode deixar que estas empresas de app ditem regras, oferecendo só o que querem, porque isso foi feito nos dois governos anteriores de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que não tinham compromisso com trabalhadores, só com empresários.

Os representantes dos trabalhadores querem que o governo Lula cumpra a promessa de campanha, acabando com essa precarização trabalhista e aumento de acidentes por conta da exploração que elas fazem, enquanto ficam bilionárias com o sangue dos trabalhadores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.