Congresso Nacional realizará audiência pública em 4/10 para discutir regulamentação dos trabalhadores por apps e não convida sindicatos de motofrete, motoboys, motoentregadores e ciclo boys

Pode isso Arnaldo?

Para os nobres deputados federais Erika Kokay (PT-DF), Flávia Morais (PDT-GO), Túlio Gadêlha (Rede-PE), Vicentinho (PT-SP) e Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), pode sim, tanto que amanhã dia 4 de outubro, no Congresso Nacional, em Brasília, uma “seleta lista” de convidados especiais feita pelos parlamentares discutirá a situação precária em que estão os motoboys, motoentregadores e ciclo boys de todo Brasil.

O que soa muito, muito estranho é a total ausência de sindicatos de motofrete, motoboys, motoentregadores e ciclo boys que não foram convidados para esta discussão e que têm combatido a maior precarização trabalhista jamais vista no Brasil, promovida por essas empresas que se dizem tecnológicas, mas que são, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), empresas de transporte.

Aliás, nós aqui do SindimotoSP não entendemos porque à Amobitec (associação que representa as empresas Amazon, Flixbus, Uber, Zé Delivery, Buser, 99, iFood e Lalamove) foi convidada e dará a versão dela sobre o assunto para os nobres deputados, que talvez não saibam que algumas destas empresas citadas acima, como o iFood por exemplo – foi julgada e sentenciada pelo MPT e o Ministério Público Federal (MPF) por práticas antissindicais.

Atualmente, não há instituições no país que saibam mais que os sindicatos dos profissionais motociclistas e ciclistas profissionais da real situação dos trabalhadores da categoria, reféns de um sistema escravagista imposto pelas empresas de aplicativos que atuam com entregas rápidas.

Aliás, são estes sindicatos que têm mostrado para o governo federal, autoridades públicas e sociedade a exploração que as empresas de aplicativos promovem roubando direitos trabalhistas e se escondendo em brechas das leis.

Assim, o SindimotoSP ressalta que convidados ou não pelos deputados federais, estará presente nesta audiência pública, que deve dar o direito aos legítimos representantes dos trabalhadores, manifestarem sua indignação com a exploração que as empresas de aplicativos estão promovendo e não se isentará, também, de toda e qualquer discussão que seja relativa aos direitos dos entregadores, doa a quem doer.

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