Entregadores por app veem remuneração cair cada vez mais enquanto motoboys CLT obtém aumentos reais de salário com benefícios inclusos
A exploração do trabalho do entregador promovida pelas empresas de app tem gerado o menor salário dos últimos anos e a exclusão de todos os direitos trabalhistas a qual teriam direito, já que o Ministério Público do Trabalho (MPT) reconheceu que há vínculo empregatício entre as partes.
Situação bem diferente vive motociclistas e ciclistas contratados sob regime CLT, que no final das contas na ponta do lápis, trabalham menos para receber mais, além de terem seus direitos garantidos.
Para se ter uma ideia, a categoria com registro em carteira acumulou ganhos salariais entre 2013 a 2023 que chegam a 88,76% de aumento real. No mesmo período, os entregadores por app amargaram recuo negativo nos valores por entrega de menos 53,60%.
Desde que as empresas de app promovem a precarização do trabalho, os entregadores não recebem adicional de periculosidade, aluguel da moto ou bike, cesta básica, vale alimentação, seguro de vida compatível com a função e outros direitos trabalhistas como férias, 13°, descanso remunerado, multa rescisória etc. Se trabalharem, por exemplo, 5 anos, ao serem desligados saem com uma mão na frente e outra atrás.
Na realidade, as empresas de apps tem cobrado taxas escondidas no valor da entrega e faz média com um ou outro entregador, dando mais corridas para iludir os que estão chegando, os que são privilegiados com o sistema de algoritmo que dominam.
Nem quando os trabalhadores andam pra cima e pra baixo com as mochilas e jaquetas das empresas, não recebem um centavo, fazendo propaganda de graça para elas.
Apesar dessa precarização sem tamanho, o SindimotoSP assim como outros sindicatos de motofrete de todo Brasil, tem conseguido reajustes reais para os trabalhadores CLT e mantido seus direitos trabalhistas.
O governo federal precisa acabar com essa situação urgente ou pagará caro com mais e mais internações ou óbitos de entregadores exaustos pelas longas jornadas de trabalho, para fazer um salário mínimo que pague suas contas.
Confira abaixo as Campanhas salariais dos últimos 3 anos
