Entregador de empresa de app não tem o que comemorar no Dia do Trabalhador; baixa remuneração e falta de direitos trabalhistas reforçam precarização que o setor vive

No Dia do Trabalhador, os entregadores tem pouco a comemorar.

Nunca, em toda história do motofrete, os motociclistas e ciclistas profissionais foram tão explorados como acontece atualmente, em franca e aberta precarização promovida pelas empresas de aplicativos, que desrespeitam todas as leis do setor, inclusive as trabalhistas.

Movidas por uma ambição gigantesca pelo lucro no mais puro capitalismo selvagem, elas têm escravizado, de fato e em sua maioria, homens e mulheres que não conseguem recolocação profissional, vindos de outros setores e que se aventuram no caótico trânsito das grandes capitais a troco de banana, ou seja, uma remuneração que, de tão mínima, não permite que substituam, por exemplo, equipamentos de segurança da motocicleta e, sequer se alimentarem decentemente.

Ainda por cima, estão sujeitos as longas jornadas, que precisam submeter-se e que geram estresse, cansaço e desatenção, o que contribui para aumento de acidentes como noticiado essa semana pelos meios de comunicação, relatando dados do Infosiga de 25% de aumento de mortes na Capital e 18% em todo estado paulista.

Dessa forma e nesse cenário, os entregadores pensam que são livres. Não são! Entendem também que o melhor é essa liberdade de horário. Não é!

Pois estão presos numa gaiola e sendo manipulados sem ao menos entenderem que as empresas jogam pesado, a favor de seus lucros.

Vejam, elas ficam cada vez mais bilionárias. E os trabalhadores? Estão praticamente presos a um sistema de semi-escravidão e precisando, urgentemente, acordarem.

Que neste Dia do Trabalhador, o governo federal acorde também para essa urgência, aja como verdadeiro defensor dos trabalhadores. Não aceite esse jogo de cartas marcadas e defesa das empresas de um modelo de negócios que só elas ganham.

Neste Dia do Trabalhador, que de fato comece um novo tempo com o governo federal cumprindo sua promessa de libertar os entregadores dessa escravidão de tempos modernos.

Só assim haverá justiça!

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