Sindicato participa de audiência pública sobre desafios do setor de entregas por aplicativos
O Sindicato dos Motoboys de São Paulo participou, na manhã
desta quarta-feira (07), de audiência pública, na Câmara dos Vereadores para
tratar dos desafios e do desenvolvimento do setor de entregas por aplicativos
(motofrete).
desta quarta-feira (07), de audiência pública, na Câmara dos Vereadores para
tratar dos desafios e do desenvolvimento do setor de entregas por aplicativos
(motofrete).
A audiência contou com a presença de representantes das
empresas por aplicativo, de advogados, parlamentares e membros do extinto
Ministério da Economia e parlamentares, assim como integrantes da Comissão de
Trânsito, Transporte, Atividade Econômica da Câmara.
empresas por aplicativo, de advogados, parlamentares e membros do extinto
Ministério da Economia e parlamentares, assim como integrantes da Comissão de
Trânsito, Transporte, Atividade Econômica da Câmara.
Segundo Gilberto Almeida (Gil), presidente do Sindicato dos
Motoboys, é preciso a união dos trabalhadores para barrar, principalmente, o
artigo do Projeto de Lei 130/2019 que exige que essas empresas apenas liberem o
sinal do aplicativo para trabalhadores autônomos, pois o trabalhador como Micro
Empreendedor Individual (MEI), a empresa definitivamente se isenta de qualquer
responsabilidade com os trabalhadores.
Motoboys, é preciso a união dos trabalhadores para barrar, principalmente, o
artigo do Projeto de Lei 130/2019 que exige que essas empresas apenas liberem o
sinal do aplicativo para trabalhadores autônomos, pois o trabalhador como Micro
Empreendedor Individual (MEI), a empresa definitivamente se isenta de qualquer
responsabilidade com os trabalhadores.
“Na Apresentação feita pelos representantes das empresas por
app, parece que é tudo muito bom, mil maravilhas, mas no dia a dia, a
precarização das relações trabalhistas está causando uma verdadeira carnificina
nas ruas da cidade”, disse Gil.
app, parece que é tudo muito bom, mil maravilhas, mas no dia a dia, a
precarização das relações trabalhistas está causando uma verdadeira carnificina
nas ruas da cidade”, disse Gil.
“Havia uma negociação em curso com o secretário de justiça
de São Paulo, mas na calada da noite, as empresas de aplicativo inventaram esse
faz de conta, esse curso de direção defensiva passando por cima do que a
própria lei determina”, disse o dirigente, que concluiu: “É preciso ter uma CPI
para analisar essa situação dos aplicativos, pois está tudo bagunçado”.
de São Paulo, mas na calada da noite, as empresas de aplicativo inventaram esse
faz de conta, esse curso de direção defensiva passando por cima do que a
própria lei determina”, disse o dirigente, que concluiu: “É preciso ter uma CPI
para analisar essa situação dos aplicativos, pois está tudo bagunçado”.
O ponto alto da audiência foi quando a dra. Ana Ferreira
Luiza Pinto, se dirigiu ao púlpito e descreveu os instantes que antecederam a
morte do motoboy Thiago Dias, que morreu em decorrência de um acidente vascular
cerebral (AVC) durante uma entrega em Perdizes, Zona Oeste de São Paulo.
Luiza Pinto, se dirigiu ao púlpito e descreveu os instantes que antecederam a
morte do motoboy Thiago Dias, que morreu em decorrência de um acidente vascular
cerebral (AVC) durante uma entrega em Perdizes, Zona Oeste de São Paulo.
A dra. Ana, que era a cliente relatou que quando Thiago
chegou, já com dores de cabeça, ele concluiu a entrega e pediu para que a
cliente entrasse em contato com o aplicativo para cancelar as outras entregas,
pois ele estava passando mal e não iria conseguir fazer e o trabalhador não
queria ser punido pela empresa de aplicativo. “É uma escravidão”, relatou Ana.
chegou, já com dores de cabeça, ele concluiu a entrega e pediu para que a
cliente entrasse em contato com o aplicativo para cancelar as outras entregas,
pois ele estava passando mal e não iria conseguir fazer e o trabalhador não
queria ser punido pela empresa de aplicativo. “É uma escravidão”, relatou Ana.
Para a advogada, a empresa para onde Thiago trabalhava não
lhe deu apoio, a gente não consegue nem falar com eles pelo telefone, assim
como ele foi ignorado também pelo poder público, sem ter o devido socorro
realizado pelo SAMU e para finalizar, um motorista de UBER se negou a leva-lo
para o hospital. “Não posso julgar o motorista do aplicativo por negar socorro,
pois ele também está precarizado, dando sequência ao ciclo de precarização”.
lhe deu apoio, a gente não consegue nem falar com eles pelo telefone, assim
como ele foi ignorado também pelo poder público, sem ter o devido socorro
realizado pelo SAMU e para finalizar, um motorista de UBER se negou a leva-lo
para o hospital. “Não posso julgar o motorista do aplicativo por negar socorro,
pois ele também está precarizado, dando sequência ao ciclo de precarização”.