Profissionais brancos que trabalham com aplicativos são mais remunerados que os negros, diz pesquisa da FEA – USP

Diferença de quase 350 reais na renda mensal média dos trabalhadores foi apontada no estudo, que ainda revelou mototaxistas serem menos escolarizados e terem pior remuneração se comparado a motoristas.

Baixa remuneração, longas jornadas de trabalho, falta de estrutura ou fiscalização em empresas que contratam milhões de profissionais exercendo a profissão de entregadores ou transportando pessoas, em todo Brasil, foram analisadas por pesquisadores do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made), sediado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP – Universidade de São Paulo.

A pesquisa traçou um perfil dos trabalhadores do setor de transportes e entregas na conhecida “Economia do Bico”, ou seja, quando trabalhadores estão na informalidade seja pela falta de emprego ou como fator para aumento de renda familiar.

Esse levantamento estatístico dos pesquisadores da FEA – USP é um desdobramento, com um recorte racial e regional, dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do 2º trimestre de 2023, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicada recentemente.

Segundo os autores do estudo FEA – USP, os profissionais brancos serem mais bem remunerados que os negros, evidencia a desigualdade regional na remuneração e a maior representatividade de pessoas negras em regiões de menor renda (PIB) do País (Norte e Nordeste).

A maior discrepância racial, no entanto, é encontrada entre os entregadores autônomos.

Enquanto brancos ganham cerca de R$ 550 em uma jornada de trabalho média de 40,9 horas semanais – a menor dentre as três analisadas-, os negros recebem aproximadamente R$ 430 pela mesma jornada e possuem os menores níveis de escolaridade.

Para especialistas na luta por direitos iguais para todos, para diminuir essas desigualdades os poderes públicos devem unir forças e combater o racismo estrutural, muito presente nos dias de hoje nas mais diversas camadas da sociedade.

Clique aqui, leia e veja tabela do IBGE que fala mais sobre o assunto.

SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA – RESPEITO NÃO TEM COR!

 

Você sabia?

Cerca de 68% dos profissionais motoentregadores são negros e 40% têm menos de 30 anos, é o que revela o estudo feito pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com entrevistas com entregadores e motoristas.

Respeito não tem cor!

Esta é uma campanha do SindimotoSP, Febramoto e Jornal A Voz do Motoboy contra o racismo estrutural em nosso país.

www.sindimotosp.com.br

www.febramoto.com.br

www.jornalavozdomotoboy.com.br

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