O Conselho Nacional dos Sindicatos de Motoboys e Motoentregadores, à Aliança Nacional dos Motoboys e Motoentregadores e Centrais Sindicais dizem não para as propostas indecentes da Amobitec e MID

Estas empresas de app apresentaram propostas inviáveis e não detalhadas de remuneração mínima para o governo federal na discussão da regulamentação e, ainda, sem nenhuma base ou critério justo que melhore os ganhos salariais dos entregadores do setor de entregas rápidas.

Há 7 anos que estas empresas não reajustam os valores das entregas e agora apresentam uma proposta miserável, exploratória e que faz com que o trabalhador tenha que trabalhar mais para ganhar menos.

A Amobitec, que reúne as empresas Amazon, iFood, Flixbus, Uber, Zé Delivery, Buser, 99 e Lalamove, apresenta em sua tabela – proposta parâmetros que só interessam suas filiadas, em detrimento à classe trabalhadora, e detalha os custos dos entregadores para valores irrisórios e não de acordo com a Tabela de Custos da Profissão, apresentada pelo Conselho Nacional dos Sindicatos de Motoboys e Motoentregadores, à Aliança Nacional dos Motoboys e Motoentregadores e Centrais Sindicais.

Incoerente, esta tabela ainda não esclarece se as empresas de app pagarão por hora para os trabalhadores, não define um valor para hora “logada” e hora de espera de entrega e, os valores citados e relativos a depreciação da motocicleta estão muito abaixo do que o setor de motopeças cobra para reposição de equipamento.

Já a proposta do MID, que representa mais de 150 empresas, entre elas, Mercado Livre, GetNinjas, PayPal, Loggi, Movile, Americanas, C6 Bank, Facily, Rappi, OLX, euEntrego, entre outras, é pior porque além de não trazer nenhum valor de custo, traz apenas o de ganho, bem abaixo do pago hoje e aumenta a kilometragem da entrega. Os entregadores teriam que rodar mais para ganhar praticamente o mesmo.

Dessa forma, amanhã, dia 29 de agosto, na reunião que acontece em Brasília, os representantes dos trabalhadores contestarão essas propostas pela falta de compromisso ou responsabilidade social das empresas de aplicativos, para defender os direitos dos trabalhadores e quer um posicionamento urgente do governo federal para pôr um fim a precarização do setor de motofrete e exploração dos trabalhadores.

Abaixo você confere reajustes que a categoria CLT recebeu nos últimos anos em relação aos entregadores por aplicativos, que só tiveram perdas salariais e direitos trabalhistas RETIRADOS.

Essa tabela abaixo é a da Amobitec, que não traz valores de custos reais praticados pelo setor de reposição de motopeças e também não específica como serão os pagamentos de hora “logada” e de espera, entre outras incoerências que jogam o setor ladeira abaixo.

 

Essa tabela abaixo é a do MID, além de controversa, não detalha custos do exercício da profissão do trabalhadores, apenas os ganhos que eles teriam. Ela não tem nada concreto ou base na Tabela de Custos da Profissão, apresentada pelos representantes dos trabalhadores.

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