Leis trabalhistas devem ser respeitadas porque são elas que protegem o trabalhador

Os empresários das startups tecnológicas que exploram o delivery estão temerosos diante da vitória do maior representante dos trabalhadores no Brasil, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assume à presidência a partir de 1º de janeiro e tem compromisso firmado em campanha de colocar um fim na precarização que o setor de motofrete vive.

Em entrevista recente, o CEO do iFood Fabricio Bloisi , alegou que a legislação trabalhista brasileira é antiga e que discussões sobre “tem direitos sociais ou não tem”, não existem para ele, pelo contrário, os trabalhadores estão satisfeitos.

Com esse discurso, a empresa monopoliza o setor de delivery sujeitando os entregadores a longas jornadas de trabalho, oferecendo baixa remuneração e não disponibilizando estrutura para os entregadores exercerem a profissão, entre outras situações precárias.

Para se ter uma ideia, os entregadores delivery não tem reajuste salarial há 7 anos, não existe sequer um piso mínimo. A reforma trabalhista de 2019 até permite flexibilização das horas de trabalho como as empresas de app defendem, mas, desde que haja um salário compatível, o que não acontece atualmente com os entregadores por aplicativos.

Enquanto os trabalhadores em regime de CLT têm direito a periculosidade, aluguel de moto, férias, 13º, cesta básica, seguro de vida grátis e outros benefícios, os entregadores do Ifood e outras empresas que atuam no setor, ficam com todo o custo da profissão e, em caso de acidentes, são abandonados à própria sorte.

Iludidos por uma falsa promessa de liberdade, estes profissionais não tendo outra opção acabam sujeitando-se a essa situação, inclusive, com a imprensa nacional mostrando cada vez mais todo o descontentamento da categoria em relação a essa exploração que, agora tem hora para acabar com um trabalhador voltando para à presidência do Brasil: Luiz Inácio Lula da Silva.

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