Dumping Social que empresas de apps promovem torna motoboys e entregadores escravos em pleno século 21

Além de prejuízo para categoria, ação é retrocesso nas conquistas trabalhistas conseguidas com muito esforço e décadas de lutas dos sindicatos e trabalhadores motociclistas / ciclistas.

O Dumping Social é uma prática na qual as empresas de aplicativos no motofrete buscam vantagens comerciais, através da adoção de condições desumanas de trabalho que ocorrem com agressões aos direitos trabalhistas, também gerando dano à sociedade.

Nesse contexto, trabalhadores perdem renda com salários cada vez menores e trabalham longas jornadas enquanto empresas ficam milionárias.

Verifica-se ainda, da parte das empresas de aplicativos, a obtenção de vantagem indevida perante a concorrência, diga-se de passagem, empresas de entregas rápidas express credenciadas que pagam seus impostos, custos trabalhistas e cumprem legislações próprias da categoria.

A teoria do dumping social, de acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), teve origem no contexto de globalização da economia, com o consequente desmembramento das indústrias, tendo como desculpa a globalização.

Brechas nas leis, falta de fiscalização do poder público, contratação de escritórios de advogados caríssimos para defesa em processos que correm no Ministério Público do Trbalho (MPT) e falta de responsabilidade social, só favorecem as empresas de aplicativos.

Enquanto isso, trabalhadores são enganados com falsa promessa de liberdade com o tal “são donos de seus próprios negócios”.

Tais práticas das autodenominadas plataformas tecnológicas geram dano à sociedade, e, principalmente, ao trabalhador motociclista, que paga o preço com sua qualidade de vida cada vez menor, refém do sistema que, só será corrigido pelo Poder Judiciáro.

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