UBER desrespeita decreto municipal sobre mototaxi e vai na contramão da segurança viária

A Uber insiste em levar adiante o serviço de mototáxi mesmo com a divulgação de aumento de mortes de motociclistas na capital.

O número de mortos em acidentes de trânsito é o maior desde 2016, segundo o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito de São Paulo (Infosiga). Foram 859 mortes nas ruas e avenidas em 2022, o que representa uma elevação de 18,8% em relação a 2021.

O entendimento do prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), é que a Uber ao oferecer o serviço de mototáxi na capital, ela vai na contramão da segurança viária que a própria prefeitura, em conjunto com o SindimotoSP, vem construindo com políticas públicas na segurança viária, como a Faixa Azul que reduziu para 0 mortes de motociclistas que circulam nessa faixa exclusiva, que inclusive, ganhou pelo sucesso obtido mais 220 kms de extensão.

O Prefeito e o SindimotoSP não são contra o serviço, mas ressaltam que o assunto precisa ser discutido amplamente e as empresas que desejarem oferecer o serviço devem cumprir e respeitar as leis que já disciplinam o setor, como a Lei Federal 12.009 e a Lei Municipal 14.491. A Polícia Militar está orientada a apreender as motos caso flagrem a atividade.

“Seria ilógico que uma atividade dessa, sem um plano de segurança, sem a gente saber como isso vai repercutir na questão de geração de acidentes e, consequentemente, de óbitos de pessoas, seja autorizada”, disse Nunes.

A prefeitura tem uma meta de diminuir o número de mortes no trânsito, de 6,5 para 4,5 mortes a cada 100 mil habitantes. A Faixa Azul é um bom exemplo de política pública de mobilidade viária que promove a segurança dos motociclistas.

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