SINDIMOTOSP é contra proibição de tráfego de motocicletas nos corredores. Deputados Federais querem aprovar projeto que proíbe circulação de motos nos corredores.

Está pronto para aprovação na Câmara dos Deputados Federais, em Brasília, o Projeto de Lei (PL) 2650/2003, que proíbe o tráfego de motocicletas entre corredores de carros. Em parágrafo único, a restrição também se aplica às ultrapassagens de qualquer veículo, devendo o condutor a que se refere este artigo observar a distância imposta pelo art. 201 desta lei, ou seja, distância de 1,50 cm, no mínimo.
O SindimotoSP entende que não é proibição que resolverá o problema da circulação, nem dos acidentes que acontecem envolvendo motocicletas. O que se percebe é que as políticas públicas por parte dos governos e do próprio congresso, como esse projeto, voltadas para a segurança dos motociclistas são atitudes de preconceito e marginalização, pois encontra respaldo na sociedade devido a ações como essa.
Ao invés de proibir e normatizar, as autoridades governamentais deveriam regulamentar espaços apropriados, construir motofaixas, fazer sinalização de solo nos corredores, incentivar e apoiar programas de segurança, realizar campanhas de educação etc.
Percebe-se que o plenário da câmara, sem ter conhecimento, quer retomar a polêmica do artigo 56 e 244 da Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, do Código de Trânsito Brasileiro que já proíbe o trânsito entre os corredores, mas, que foi vetado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os deputados federais da distinta casa, ao invés de aprovar projetos que vão contra uma categoria, deveriam sim é ouvir a voz dos usuários de motos. Caso a lei seja aprovada e cada moto tiver que andar atrás do carro, além de piorar a segurança, os congestionamentos de trânsito irão parar completamente as cidades de todo Brasil. Exemplo disso é São Paulo, que tem mais de 1 milhão de motos que, se somadas em fila de 2 metros por moto, daria 2 milhões de km.
No caso do motofrete, o serviço de entrega perderia em agilidade, já que não podendo andar pelos corredores, a entrega feita por motociclistas levaria o mesmo tempo que a feita por um carro. Com isso, milhares de trabalhadores perderiam seu emprego. Além disso tudo, não existe uma estatística oficial que comprove os acidentes ocorrerem necessariamente naquele espaço, pelo contrário, acontecem mais em cruzamentos, saída de semáforo, vias mal iluminadas e sinalizadas, além de buracos. 
Portanto, o SindimotoSP se coloca contra esse projeto e tomará todas as medidas cabíveis para que o trabalhador do setor não seja prejudicado com uma lei fora da realidade brasileira.
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