Pesquisa da Abramet destaca risco de lesões e outros problemas de saúde para motociclistas no uso de motos ou em acidentes de trânsito

Esses dados, porém, não entram nas estatísticas, já elevadíssimas, de mortos e vítimas de acidentes com motocicletas atendidos no sistema de saúde, já que a Organização Mundial da Saúde (OMS) define uma fatalidade de trânsito como uma pessoa morta imediatamente ou nos 30 dias subsequentes por conta de um acidente de trânsito.

A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet)
realizou há algum tempo, pesquisa com motociclistas de São Paulo. De 800
motociclistas entrevistados, 365 (45,6%) tinham se envolvido num total de 552
acidentes nos seis meses anteriores ao estudo. Desses, 69% tinham levado a
lesão corporal ou doença do motociclista e 50%, do carona.

Além das lesões causadas por acidentes, destacaram-se outros
riscos à saúde a que o motociclista está sujeito, especialmente nas longas horas
que passam sobre o veículo:

1.   
Riscos
físicos:
ruído elevado, variações térmicas, vibração (que leva a desgastes
articulares, na coluna vertebral, hérnia de disco etc).

2.   
Riscos
químicos:
pela inalação de poeira, fuligem, gases, vapores.

3.   
Riscos
ergonômicos:
por conta da postura sobre a moto, que pode levar a lesões por
esforços repetitivos.

4.   
Riscos
biológicos:
contato, principalmente de nariz, boca e olhos, com
micro-organismos presentes no ar e no solo.

Assim, além dos acidentes que causam lesões principalmente
nos membros inferiores, na coluna e na cabeça, muitos motociclistas podem
desenvolver doenças crônicas, ficar incapacitados e até mesmo morrer por conta
do uso prolongado do veículo de duas rodas.

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