Ministro do Trabalho Luiz Marinho realizará nova negociação sobre direitos trabalhistas para entregadores de app

Principal reivindicação dos trabalhadores é o aumento da remuneração mínima proposta pelas empresas.

Os entregadores do setor delivery ficaram de fora do PL – assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que contempla apenas motoristas de apps – entregue recentemente no Congresso Nacional, porque rejeitaram valor de remuneração mínima sem noção proposto pelas empresas de aplicativos, além da total falta de compromisso com outros itens relativos à segurança e saúde dos trabalhadores.

Os representantes dos trabalhadores não aceitaram o valor proposto da remuneração mínima de R$ 17,00 e reivindicam R$ 35,76 para motociclistas e R$ 29,63 para ciclistas profissionais por hora de trabalho.

“Da parte dos motoboys e motoentregadores, não teve acordo nenhum. Todas as propostas apresentadas pelas empresas são inviáveis, não tem como aceitar”, disse o presidente do SindimotoSP, da Febramoto e do Conselho Nacional de Motofretistas, Motoentregadores, Motoboys, Mototaxistas e Entregadores Ciclistas Profissionais do Brasil, Gilberto Almeida dos Santos, o Gil.

Por conta disso, o governo federal, através do Ministro do Trabalho Luiz Marinho, quer novas reuniões entre trabalhadores e empresas para negociação e, caso não se concretize um acordo, a elaboração de um projeto de lei para empresas de aplicativos feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O Ministro Luiz Marinho disse que as plataformas de entrega concordaram com alguns conceitos do Grupo de Trabalho que discutiu ano passado esse assunto, mas, na hora em que se chegou na questão da remuneração mínima, principal reivindicação da categoria, praticamente romperam todo processo de negociação que vinha acontecendo.

“Responsabilizo integralmente as empresas de plataforma de entregas, elas precisam voltar à mesa”, disse hoje pela manhã o ministro em entrevista a emissoras de rádio no programa Bom Dia, que acrescentou, “Vamos sim iniciar uma nova rodada de conversa com as empresas, vamos chamar, vamos fraquear essa possibilidade. Para ver se é tão real quanto eles têm falado que topam negociar”.

A fala do ministro é resposta para empresas de aplicativos que na imprensa dizem que desejam chegar a um acordo, porém, dentro do modelo de negócio delas que só visam o lucro, sem qualquer compromisso com os trabalhadores.

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