Há anos SindimotoSP denuncia empresas de apps, que ignoram os trabalhadores e agora, o governo federal

Ainda repercute de forma negativa a fala do iFood que, em nota, disse: “Não é verdadeira a fala do Ministro Luiz Marinho de que a empresa não quer negociar uma proposta digna para entregadores”.

Esse posicionamento da empresa, assim como outras que exploram o setor de entregas delivery e, de tabela, os entregadores, só reforça a tese que elas de fato não respeitam as leis que já regulamentam à categoria e os órgãos públicos que defendem os trabalhadores, como o próprio Ministério do Trabalho (MTE), o Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Nessa queda de braço das empresas de aplicativos com o governo federal, quem sai perdendo são os entregadores que precisam submeter-se à exploração para, mesmo com longas jornadas e baixa remuneração, terem uns trocados no fim do mês para pagar pelo menos as contas mínimas.

Adiciona-se a esse cenário ainda, os acidentes que não param de crescer e a violência absurda e desproporcional que aos trabalhadores sofrem no exercício da profissão, como recentemente em que um PM atirou num entregador.

O governo federal precisa mostrar quem é.

Precisa fazer com que esse discurso das empresas que direitos trabalhistas não cabem no modelo de negócios delas é desculpa esfarrapada para ficarem cada vez mais bilionárias, enquanto os entregadores vivem a maior precarização trabalhista jamais vista no setor de motofrete.

As empresas de aplicativos precisam respeitar os poderes públicos e os trabalhadores e deixarem de contar histórias na mídia e em seus portais de que são defensores destes trabalhadores, quando de fato, apenas aproveitam-se do serviço alheio, burlando as leis do motofrete.

O SindimotoSP segue firme na defesa dos trabalhadores do setor de motofrete.

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