Fim do DPVAT é erro e pode deixar cerca de 300 mil pessoas na mão
É isso
mesmo! Por ano, esse é o número de pessoas que recebem o DPVAT (Seguro Obrigatório) vitimadas pelos acidentes de trânsito em todo Brasil. |
Pela falta de politicas públicas para quem anda de motocicleta em todo Brasil, as entidades representativas das categorias de motofrete e mototáxi (SindimotoSP e Febramoto) se posicionam contra o fim do seguro DPVAT, por entender que esse seguro obrigatório tem a função social de proteção à vida de todos acidentados no trânsito, sejam pedestres, ciclistas, motociclistas ou motoristas.
De acordo com as estatísticas da Seguradora Líder, que administra o Consórcio do DPVAT, 75% das indenizações são decorrentes de acidentes com motociclistas e a maioria das vítimas é de jovens pobres entre 18 e 30 anos.
Outros dados publicados pela Líder apontam que, no primeiro semestre de
2019 foram pagas 18.841 indenizações por morte; 103.068 indenizações por
invalidez permanente e 33.123 indenizações para despesas médicas.
2019 foram pagas 18.841 indenizações por morte; 103.068 indenizações por
invalidez permanente e 33.123 indenizações para despesas médicas.
No entendimento das entidades os mais fracos e de baixa renda no trânsito como os motociclistas serão totalmente prejudicados com essa medida. Sem o DPVAT essas pessoas ficarão sem proteção, justamente no momento em que mais necessitam de um suporte para enfrentar as consequências dramáticas de um acidente de trânsito. O seguro obrigatório indeniza morte, invalidez permanente total e parcial e despesas médico-hospitalares.
Este seguro é o único que atende mais de 300 mil pessoas anualmente vitimadas pelos acidentes de trânsito. Na imensa maioria cidadãos abaixo da renda, espalhados de norte a sul do País, são vítimas de acidentes de trânsito sérios, capazes de desestabilizar uma família, seja pela morte ou pela invalidez permanente.
O DPVAT é um seguro social que funciona. Indeniza mais de 40 mil mortes e mais de 200 mil casos de invalidez permanente todos os anos. Além disso, indeniza outros mais de 200 mil casos de despesas médico-hospitalares.
Extinguir o DPVAT é deixar um número de vítimas superior ao total de mortos na guerra da Síria sem nenhuma proteção efetiva. O SUS – Sistema
Único de Saúde – sem os 45% da receita desse seguro pode entrar em colapso. Para se ter uma ideia quanto
isso representa em dinheiro, nos últimos dez anos foram repassados R$ 37
bilhões ou, anualmente, mais ou menos 3% do orçamento total da saúde pública
brasileira.
Único de Saúde – sem os 45% da receita desse seguro pode entrar em colapso. Para se ter uma ideia quanto
isso representa em dinheiro, nos últimos dez anos foram repassados R$ 37
bilhões ou, anualmente, mais ou menos 3% do orçamento total da saúde pública
brasileira.
Com o fim do DPVAT, os acidentes ocorridos até 31 de dezembro de 2019 seguem
cobertos pela atual apólice, depois disso, é cada um por si.
cobertos pela atual apólice, depois disso, é cada um por si.