Empresas de motofrete com aplicativo exploram trabalhador motociclista
Essas empresas tem explorado sistematicamente o trabalhador motociclista com baixa remuneração (que deve cair mais ainda nos próximos meses), longas jornadas de trabalho e sem ao menos oferecer sequer um único benefício ao trabalhador. Tem empresa ainda oferecendo jaqueta, bônus extra e prêmios para quem realizar mais entregas, desrespeitando a Lei Federal 12436 que proíbe essa prática. Além de se aproveitarem do trabalhador, colocam a vida dele em risco incentivando rapidez nas entregas.
Recentemente, uma revista do segmento de empreendedorismo em reportagem enobreceu (?) e destacou alguns fatos sobre a maior delas, a Loggi. Ela obteve um crescimento de 600%, fatura atualmente R$ 200 milhões, realiza 600 mil entregas por mês, possui 55 mil clientes, recebeu investimentos de R$ 2,6 milhões, R$ 10 milhões e R$ 50 milhões. Esses números representam crescimento de 600% e que não chega a 5% do seu potencial, segundo o fundador da empresa.
Bom, fácil para qualquer uma delas atingir esses números porque quem faz o trabalho pesado é o motociclista profissional. Ele sai de manhã e não sabe se voltará à noite. No decorrer do dia fica sujeito ao tempo e a assaltos / roubos (porque não tem local para espera da chamada); devido ao valor da corrida rebaixado sistematicamente (mesmo as empresas tendo aumentado o valor cobrado dos tomadores de serviço), o motoboy precisa ficar mais tempo na rua para “faturar” e “correr” mais para fazer entregas, o que antes não era necessário.
Resumindo, empresas de motofrete com aplicativo não tem o mínimo de responsabilidade social sobre o profissional motociclista.