Amobitec apresenta na discussão da regulamentação dos apps em Brasília proposta de remuneração mínima fora da realidade dos trabalhadores

A Amobitec (Amazon, iFood, Flixbus, Uber, Zé Delivery, Buser, 99 e Lalamove) apresentou proposta que contempla apenas a remuneração mínima e ignora a Tabela de Custos da Profissão entregue pelos sindicatos que representam à categoria.

A proposta entregue pelas empresas está fora da realidade dos trabalhadores que atuam no setor e não agradou os trabalhadores do motofrete.

Para os entregadores motociclistas a remuneração seria R$ 10,20 e ciclistas R$ 6,54, em que ambos teriam que acumular uma hora de trabalho, ou seja, realizar mais de uma entrega logados nas plataformas, valores estes muito abaixo do já estipulado em Convenções Coletivas fixadas para os trabalhadores que atuam com regime CLT.

Além disso, não está claro na proposta como seria feita essa remuneração mínima na íntegra, como seria também o aumento (pelo menos anual) das taxas de entrega e, tampouco como seria repassado valores para as questões de saúde e segurança no exercício da profissão, que fazem o trabalhador tirar dinheiro do próprio bolso para andar dentro da lei.

Outra questão que ficou fora da proposta das empresas de app foi à periculosidade, que segundo a Lei Federal 12.997 deve ser paga a todo trabalhador que realiza entregas com motocicletas.

Segundo o presidente Gil, do SindimotoSP, as empresas querem levar a discussão para o Congresso Nacional onde as chances dos trabalhadores conseguirem seus direitos trabalhistas são menores, diferente da permanência da discussão dentro do ambiente do Governo Federal, que seriam mais favoráveis aos trabalhadores.

Ainda esse mês segue nova rodada de reuniões para encontrar equilíbrio entre as propostas das empresas e dos trabalhadores.

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