Shopee, Shein, Mercado Livre e Amazon oferecem remuneração irreal para entregadores com tempo livre e cooperam para aumento de acidentes com motociclistas
Para atender alta demanda de fim de ano, estas empresas estão oferecendo remuneração média de R$ 2.500, mas, não dizem que além de jornada extenuante, em caso de acidentes, não oferecem nenhum tipo de ajuda.
Sem fiscalização e muito menos respeito as leis federais que regulamentam o setor de motofrete, estas empresas estão contratando pessoas apenas com carta de moto e sem experiência nenhuma nas ruas para realizarem entregas de encomendas.
Soma-se esses fatores ao caótico trânsito nas grandes cidades, a tendência é que acidentes aumentem, bem como número de óbitos entre motociclistas, o que já acontece segundo o Infosiga, que publicou estudo recente mostrando que o estado de São Paulo bateu recorde de violência no trânsito, com pelo menos duas mortes por dia de motociclistas.
As empresas alegam que a flexibilidade de horários é a grande vantagem, mas, se o entregador não passar pelo menos 12 – 14 horas realizando entregas, ele não consegue nem chegar perto do valor mencionado.
Outra situação que apontam para aumentar a renda, é a possibilidade de atuar em diferentes locais. Mas, é justamente esse item que os motociclistas profissionais apontam como grande problema, porque ao se deslocarem para regiões diferentes, longas, cai a remuneração porque gastam mais com gasolina e ficam ainda, mais suscetíveis a acidentes devido a longos trajetos e deslocamentos.
Em contrapartida, trabalhadores registrados em regime CLT e que realizam as mesmas entregas para empresas tradicionais, além de terem remuneração maior, tem jornada de trabalho definida, 13º salário, férias, descanso remunerado, cesta básica, vale refeição, adicional de periculosidade de 30%, aluguel da moto ou bike, seguro de vida, entre outros benefícios.
Veja tabela comparativa entre trabalhadores CLT e contratados por essas empresas, abaixo.
