Prefeitura de SP arrecadou mais de R$ 850 milhões com multas em 2014. Agora, com 18 novos radares nas marginais monitorando excesso de velocidade, valor pode triplicar

Ontem, na Joven Pan AM, o presidente Gil falou sobre a questão da redução da velocidade e as ciclofaixas, que tiraram lugar da motofaixa, e não estão sendo usadas, passando boa parte do dia vazias.

Continua a polêmica sobre a redução da velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, sobretudo, no sentido de entender se a ação da prefeitura é educativa ou visa aumentar arrecadação com as multas. Ninguém sabe. Inclusive, o tema é assunto discutido por toda sociedade e imprensa da capital. O que se sabe é que ano passado o valor arrecadado com multas passou os R$ 800 milhões. Desse valor, 30% foram por excesso de velocidade.

No mesmo período, ocorreram mais de 500 mortes de motociclistas, sendo que não está incluso nessa estatística da CET, os que vão a óbito a caminho do hospital ou depois de hospitalizados. A Abramet, diz que o número de hospitalizados e sequelados é igual ou maior. Dados do DPVAT, somente na cidade de São Paulo, mostram que mais de 4 mil motociclistas tiveram acidentes que deixaram invalidez permanente.
Outro dado interessante é que desse número de mortes, a CET não informa o motivo, ou seja, não afirma se é excesso de velocidade do motociclista, problemas na via, estreitamento das faixas, falta de sinalização para mudar de faixa, pintura de solo escorregadias, motorista falando ao celular e outras possíveis causas.
São Paulo tem a Lei Municipal 14.488/05 – FMDT – Fundo Municipal de Desenvolvimento do Trânsito, que obriga a prefeitura a investir todos os recursos arrecadados com as multas em ações voltadas a redução dos acidentes, o que não se observa para o caso das motocicletas.
O SindimotoSP tem reivindicado veementemente que a prefeitura crie campanhas educativas específicas para motofretistas e motoristas da capital, bem como defina um espaço com sinalização específica nas vias públicas para motocicletas, proporcione cursos gratuitos de 30 horas obrigatório do Contran, que tem função de qualificar os profissionais do setor, entre outras ações.
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