Polêmica: empresas de aplicativo precisam de regulamentação e fiscalização URGENTE

O SindimotoSP não é contra a entrada dos aplicativos no setor de motofrete, mas entende que é necessária regulamentação específica para acabar com a exploração sobre o motociclista profissional.


A entrada dos aplicativos no setor de ENTREGAS RÁPIDAS tem acontecido em todo mundo. Num primeiro momento, as empresas iludem os trabalhadores dos setores de entregas rápidas e transporte de pessoas oferecendo ganhos faraônicos e liberdade de horário, entre outros benefícios, porém, depois da euforia (como drogas oferecem), vem a frustração, o abandono (em caso de acidentes) e, principalmente, a injustiça seguida do trabalho semi-escravo.


Essa relação é tão ilusória e prejudicial para o trabalhador que, em vários países, as empresas de aplicativos estão sofrendo grandes derrotas nos tribunais de justiça de trabalho e até sendo banidas ou proibidas de atuarem.


Leia abaixo alguns pontos que comprovam isso:


As empresas de aplicativo “tomam” os clientes de outras empresas porque cobram menos. Isso acontece porque não pagam tributos, impostos ou taxas que as empresas tradicionais pagam.

Jogam os diferentes modais de transportes num mar de lama porque não tem fiscalização do governo sobre o que arrecadam. Praticam concorrência desleal com preços mais baixos.

Investem pesado no começo iludindo trabalhadores que até são estimulados a trazerem outros profissionais, depois, para recuperar o dinheiro, baixam (e muito) os valores das entregas.

Alegam que seus parceiros (motoboys) são empresários (MEI), mas, motoboys não emitem nota fiscal para o cliente, precisam obedecer ordens, cumprir jornadas excessivas, pegar todo tipo de corrida e, caso não peguem, são desligados sumariamente da plataforma.

Alegam que o motoboy pode fazer o horário que quiser, mas, se o trabalhador tem que pagar as contas do mês, como vai trabalhar quando e a hora que quiser?

 As empresas de aplicativo estão livres dos encargos trabalhistas, assim, não precisam cumprir uma vírgula sequer das Convenções Coletivas que garantem direitos conquistados aos longo dos anos.

Aliás, todo ano sobe gasolina, custos de manutenção da motocicleta e outras despesas e o que eles fazem? Diminuem o valor da corrida porque seguem os parâmetros deles de lucro acima de tudo. Trabalhador que pague os custos.

 Dissolvem e minam forças dos comitês de trabalhadores e sindicatos com mentiras que tanto um como outro não desejam melhorias para a categoria e, sim para si próprios.

Incentivam  o excesso de trabalhadores nas plataformas para acirrarem a concorrência entre os próprios trabalhadores. Isso reflete em menos entrega para esses mesmos trabalhadores e mais tempo parado em ruas e avenidas das cidades a espera de um chamado.

Contratam motociclistas não profissionais e não regulamentados, tendo em seus cadastros motociclistas com motos de placa cinza, ou seja, que exercem ilegalmente a profissão, pois a Lei Federal 12009 exige trabalhadores regulamentados.

As empresas de aplicativo estimulam isolamento do trabalhador e a concorrência entre eles, bem como o fato de quanto mais entrega, mais ganham. Para entregar mais o motofretista corre mais. Isso é estimulo de velocidade pela empresa o que é proibido pela Lei Federal 12436.

O que precisa mudar URGENTE

As empresas precisam manter o combinado em relação a valor de entrega, incentivar comitês de trabalhadores para discutir melhorias, diminuir trabalhadores nas plataformas e jornada de trabalho para melhor qualidade de vida, contratar apenas motociclistas regulamentados e liberar apenas corridas para placas vermelhas (incentivando à Lei federal
12009), dar os mesmos direitos para todos motofretistas, não bloquear motociclistas sem justificativa e criar regras para também beneficiar o trabalhador

Lembrem-se: as empresas de aplicativo precisam de você, porque sem o motociclista profissional, elas não são nada!
REGULAMENTAÇÃO PARA O SETOR DE APLICATIVOS É MAIS UMA REIVINDICAÇÃO DO SINDIMOTOSP. JUNTE-SE À CAUSA!

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