Mais um motoboy morre ao ser atingido por linha chilena; uso é proibido por lei, dá multa e cadeia
O primeiro dia de agosto de 2023 não terminou para o motoboy Fabrício Barros, que morreu depois de ter o pescoço cortado com uma linha chilena, na Linha Amarela, altura do bairro de Água Santa, Zona Norte do Rio de Janeiro. Uma mulher, que estava na garupa da moto também ficou ferida, mas não corre risco de vida.
Hoje, exatamente 3 de agosto de 2023, Fabrício, que trabalhava à noite em um restaurante e durante o dia como motoboy, estaria completando 26 anos de vida.
O que sobrou para a família é dor e tristeza por conta da irresponsabilidade de pessoas, muitas vezes “marmanjos” que insistem em usar esse material altamente cortante.
Soltar pipa é legal, mas à venda e uso da linha com cerol, linha chilena ou qualquer outro tipo de linha cortante são proibidos por lei e considerados crime penal capitulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contravenções Penais, resultando em multa e pena de detenção de 3 a 12 meses.
Se houver agravante, como morte, a pessoa flagrada usando a linha pode ser enquadrada ainda em homicídio culposo, com pena de detenção que pode subir para 20 anos.
O SindimotoSP, a Febramoto e o Jornal A Voz do Motoboy desestimulam a venda e uso de tais produtos e ressaltam que TODOS motociclistas, sem excessão, devem usar a antena corta pipa, além de equipamentos de segurança da motocicleta e para piloto e garupa.
A população deve, ainda, denunciar o uso ilegal do cerol e linha chilena por meio do telefone 190, serviço de emergência da Polícia Militar. A pessoa pode, inclusive, acenar para uma viatura e mostrar o local.
Não deixe que aniversários como o de Fabrício Barros deixem de ser comemorados por um ato ilegal, irresponsável.
DENUNCIE!