Loggi fatura atualmente R$ 200 milhões com trabalho do motociclista profissional. Fácil isso para quem não paga direitos trabalhistas, impostos como empresas de motofrete convencionais e nem tem compromisso social com o setor.

Queremos ORDEM e PROGRESSO na categoria, não menos!





A empresa já explora o trabalhador motociclista com baixa remuneração, longas jornadas e, sem ao menos oferecer sequer um benefício ao trabalhador. Agora, se tudo isso não bastasse, oferecerá um serviço de entregas entre cidades, o que colocará em risco o exercício da profissão já que pilotar em estradas é muito mais arriscado do que em centros urbanos.


Recentemente, uma revista do segmento de empreendedorismo em reportagem enobreceu (?) e destacou alguns fatos sobre a Loggi. Vejamos: ela obteve um crescimento de 600%, fatura atualmente R$ 200 milhões, realiza 600 mil entregas por mês, possui 55 mil clientes, recebeu investimentos de R$ 2,6 milhões, R$ 10 milhões e R$ 50 milhões. Esses números representam crescimento de 600% e que não chega a 5% do seu potencial, segundo o fundador da empresa.

Bom, fácil fácil isso para a Loggi atingir esses números porque quem faz o trabalho pesado é o motociclista profissional. Ele sai de manhã e não sabe se voltará à noite, mas no decorrer do dia fica sujeito ao tempo e a assaltos / roubos (porque não tem local para espera da chamada); devido ao valor da corrida rebaixado sistematicamente (mesmo a Loggi tendo aumentado o valor cobrado dos tomadores de serviço), o motoboy precisa ficar mais tempo na rua para “faturar” e “correr” mais para fazer entregas, o que antes não era necessário. Resumindo, a empresa não tem o mínimo de responsabilidade social sobre o profissional motociclista.

Também fica fácil para a Loggi que, diante desse investimento gigantesco, não tem concorrência direta, não paga direitos trabalhistas muito menos os impostos que as empresas de motofrete convencionais tem que pagar para atuar na área do motofrete. Assim, deixando de pagar impostos seus preços podem ser menores, o que agrada os tomadores de serviço, mas joga nas costas do trabalhador uma imensa responsabilidade que não pode reclamar, procurar o SindimotoSP e nem dizer nada, porque se disser ou procurar, é desligado sumariamente da plataforma.

Até quando irá durar essas injustiças? Até quando o motoboy será engolido nesse sistema capitalista que visa o lucro acima de tudo e esquece o trabalhador? Assim como o motociclista profissional, não somos contra a tecnologia, mas sim contra essa exploração absurda e sem medidas, tanto que já denunciamos para o Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho e não vamos lutar até que a justiça seja feita! 


Leia (clique aquiLoggi tenta barrar ações do SindimotoSP a favor do trabalhador

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