Dia do Motociclista | Neste 27 de julho devemos celebrar, lutar e manter vigilância
Julho foi um período de grandes lutas para a categoria. Encerraremos o mês com com uma data especial. O Dia Nacional do Motociclista, celebrado hoje (27), é uma conquista do coletivo. Há 36 anos, conseguimos a incorporação da data ao calendário brasileiro. Mas a merecida homenagem não pode esconder uma história constante de ações por direitos. Nunca conquistamos nada “de mão beijada”. Pelo contrário, o Motoca só garante seus direitos se lutar. Infelizmente, essa é a realidade. Devemos celebrar sim, mas manter vigilância constante é indispensável.
E por que eu uso este dia e trago isso à tona? Ora, porque eu faço isso todos os dias. Sim! Não existe descanso para quem defende o trabalhador. Antes de ser um ativista, sindicalista e pré-candidato a vereador eu também sou um Motociclista e com muito orgulho. Somos a massa responsável pelo funcionamento do País. Os serviços realizados por nós são insubstituíveis. Não há quem possa fazê-los sem essa mão de obra. E merecemos ser valorizados por isso.
Abro espaço para refletirmos sobre as milhares de vidas perdidas nos últimos anos. Muitos Motociclistas perderam faleceram no exercício de suas atividades. Vários deles em missão de cumprirem prazos absurdos de entrega. Segundo a CET, apesar do número de vítimas fatais ter sido menor em 2019 em São Paulo, ainda assim foram 297 perdidas. Este nosso dia é de celebrar sim, mas deve refletir-se como virar esse jogo e termos mais segurança ao sairmos às ruas.
HISTÓRIA DA DATA
O Dia Nacional do Motociclista é celebrado em dia 27 de julho por uma razão bem especial: nos anos 1970, a Associação Brasileira de Motociclistas (Abram) percebeu existirem muitas datas diferentes nas quais eram comemorados diferentes “Dias do Motociclista” pelo País. Porém, nenhum deles era “oficial”. No dia 27 de julho de 1974, Marcus Bernardi, um ex-mecânico da Honda, faleceu. Ele era um apaixonado por motos e amigo de muitos clientes e funcionários da concessionária Honda de Sorocaba, onde trabalhava.
A popularidade de Bernardi levou Rogério Gonçalves – proprietário da concessionária – a sugerir o dia 27 de julho como o Dia Nacional do Motociclista, uma homenagem póstuma ao colega motociclista. A Abram aprovou a ideia e passou a comemorar o Dia do Motociclista no aniversário de falecimento de Marcus Bernardi. O movimento ganhou força e, em 1984, o deputado Alcides Franciscatto propôs que a data fosse incorporada ao calendário brasileiro. Desde então, o dia 27 de julho passou a ser, oficialmente, o Dia para celebrar o Motociclista.