Associação troca manifestações públicas junto com motoboys por reuniões fechadas
Gringo (à esquerda) e o Robson (a direita) acompanharam o presidente Gil e diversos companheiros motoboys em diversas manifestações e reivindicações públicas, com acompanhamento do Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Emprego e Trabalho (MTE). |
Quem tem compromisso com a categoria deve reivindicar direitos com quem defende os trabalhadores – seja CLT ou MEI, como no caso MPT e MTE, e não negociar em reuniões com empresa, principalmente de aplicativos que, deseja monopolizar o setor de motofrete.
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Os membros da associação do Gringo, quando começaram reivindicar os direitos dos motofretistas da Loggi faziam em locais públicos, como ruas e avenidas de São Paulo ou no Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho e Emprego. Havia também a participação de companheiros motociclistas e do SindimotoSP. A união estava presente na categoria. Todos participavam, ouviam e davam opiniões em conjunto.
Porém, com a renúncia do Gringo, Robson e outros do SindimotoappSP e a fundação dessa associação, a categoria está dividida, justamente o que as empresas de aplicativos no motofrete desejam, até porque, o SindimotoSP só negociava com essas empresas no MPT ou MTE. A associação está decidida a jogar na lama a regulamentação da categoria permitindo junto com a Loggi serviços passados para placas cinzas, e o pior: com valores mais baixos ainda. Todos que desejam exercer a profissão devem ser regulamentados. Isso leva à categoria para cima.
Outro fator que chama a atenção é que o SindimotoSP batia de frente com todas as empresas de aplicativos que atuam no motofrete. Por quê, então, a associação apenas se reúne com a Loggi? Pode essa associação falar pelos motoboys de até outros estados, como disseram que garantiram valor de pagamento para trabalhadores do Rio de Janeiro, Paraná etc? E as outras empresas de aplicativos como Rappido, Rappy e outras? Porquê não negociam com elas?
O que parece acontecer é que as empresas de aplicativos, além de querer controlar os preços e quem vai trabalhar ou não para elas, agora querem também que existam porta-vozes na própria categoria que aceitam tudo que elas querem impor.
Leia AQUI na íntegra o Jornal A Voz do Motoboy que traz um panorama sobre a atuação das empresas de aplicativo que vem faturando milhões, enquanto a qualidade de vida do motoboys está em queda.