Motoboys realizam protesto contra Rappi em SP – capital

Hoje, 7/11, trabalhadores motociclistas das empresas de aplicativos no motofrete fizeram manifestação com paralisação das entregas nas ruas de São Paulo. Ciclistas que também fazem entregas para à empresa aderiram ao protesto. Após interditarem algumas vias públicas e a Ponte Estaiada, o grupo de manifestantes dirigiu-se à sede da Rappi, principal alvo, mas não foi atendido. A empresa está reduzindo o valor do frete e prejudicando os ganhos do trabalhador que se vê obrigado a trabalhar cada vez mais por um salário menor, além de colocar a vida sob risco de acidentes.

O SindimotoSP  ressalta que à manifestação é direito livre dos trabalhadores, porém, alerta que não há outro caminho que não seja levar à questão aos órgãos públicos competentes como Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Aliás, o SindimotoSP vem alertando há muito tempo os motociclistas profissionais sobre os abusos e a precarização das relações trabalhistas que essas empresas promovem. Para se ter um exemplo, Loggi, Rappido e até o MC Donalds foram autuados com multas milionárias dadas pelo MTE. Outras empresas que exploram o motoboy como IFood, Glove, UberEats etc, também praticam as mesmas coisas, jogando a qualidade de vida do motoboy para baixo enquanto ficam milionárias.

Nas ações movidas pelas instituições públicas depois de denúncias do SindimotoSP, as empresas Loggi e Rappi, por exemplo, tiveram que reconhecer vínculo empregatício, pagar direitos trabalhistas e até registrar funcionários. Vale lembrar que as empresas recorreram.

O SindimotoSP entende que a mediação tem que ser via MTE para resolver a questão. Esta discussão está em âmbito nacional e só será resolvida em esfera judicial, que já tem decidido ações favoráveis aos trabalhadores do setor de motofrete.


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