Motoboy de app trabalha mais e ganha menos em tempos de coronavírus segundo pesquisa da Remir Trabalho





Estudo apontou que os entregadores por aplicativos tiveram uma “redução significativa” do salário apesar de estarem trabalhado mais durante a pandemia. Os pesquisadores afirmam ser “possível aventar que as empresas de aplicativos estão promovendo uma redução do valor da hora de trabalho dos entregadores em plena pandemia e aumentando seu ganho às custas do trabalhador”.


Realizado pela Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista (Remir Trabalho), a ação contou com o apoio do SindimotoSP – que disponibilizou o link da pesquisa em seu portal e redes sociais.


Os dados revelaram que, antes da pandemia 48,7%, dos entregadores recebiam, no máximo, R$ 520,00 semanais. Durante a pandemia, estes passaram a ser 72,8% dos entrevistados. Apenas 25,4% dos cadastrados nas plataformas de entrega dizem ganhar acima desse valor na quarentena — o equivalente a R$ 2.080 por mês. Antes, eram 49,9%.

O levantamento também indicou que, durante a pandemia, 52% dos entrevistados afirmaram trabalhar todos os 7 dias da semana, enquanto 25,4% deles trabalham 6 dias. Os pesquisadores disseram que esses dois períodos de trabalho — relatados por 77,4% — são considerados “ininterruptos”. Além disso, 62,3% dos trabalhadores revelaram não ter recebido nenhum apoio das empresas para evitar se contaminar durante as entregas, o que gera custos adicionais ao trabalho.
A pesquisa foi coordenada pelos professores Ana Claudia Moreira Cardoso (UFJF), Henrique Amorim (Unifesp), Paula Freitas Almeida (Unicamp), Renan Bernardi Kalil (MPT), Sidnei Machado (UFPR) e Vanessa Patriota da Fonseca (UFPE). As quatro empresas citadas pelos entregadores na pesquisa foram a iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi.
Foto: Livro Reforma Trabalhista no Brasil: promessas e realidades – Remir Trabalho
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