Loggi está cobrando aluguel de baú

Foto ilustrativa
Está chegando até nós um fato inusitado e nunca antes visto em nosso setor: o de que os motoboys que trabalham para a Loggi tem que pagar aluguel do baú da empresa para trabalhar e, caso não fizer pagamento mensal, são multados e até desligados do sistema.

Oi?

Até hoje, as conquistas do SindimotoSP remetem o trabalhador a ganhar com o trabalho e não pagar para trabalhar.

Profissional CLT recebe aluguel de moto para minimizar seus custos e a Loggi coloca esse custo em cima dos trabalhadores? Não oferecem nenhum benefício, inflam o sistema da plataforma com milhares de trabalhadores minimizando o ganho de quem está exposto ao perigo nas ruas e condiciona a trabalharem mais para terem um salário que muitos CLTs tem com todos benefícios.

No baú da Loggi tem, inclusive, placa interna dizendo “este produto é alugado e sua descaracterização ou danificação incidirá em multa”.

O baú da Loggi tem a cor azul e faz propaganda da empresa, divulga marca própria e ainda o motoboy tem que pagar por isso?

O que acontece é dumping social, precarização das relações trabalhistas e um afundamento cada vez maior da categoria que fica na mão da empresa que monopoliza o setor, tem lucros exorbitantes e trabalhadores cada vez mais desanimados.

A Loggi já foi autuada e multada pelo Ministério Público

Ação Civil Pública pode multar em mais de 200 milhões a empresa Loggi de aplicativos de motofrete.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) Procuradoria Regional do Trabalho 2ª Região / Coordenadoria de Primeiro Grau está movendo Ação Civil Pública contra a Loggi e L4B com audiência a ser realizada no final de fevereiro. 

No documento que indica as empresas, o MPT lista todas as ações que caracterizam relações trabalhistas, como tomada de decisões na esfera negocial dos fretes, de que não são meras plataformas tecnológicas, nem agenciadoras ou intermediadoras e, sim empresas de serviços e entrega.

O valor da Ação Cívil Pública pode chegar a R$ 200 milhões. Recentemente, a Loggi foi multada em quase r$ 2 milhões e obrigada a registrar quase 600 funcionários. 

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