Empresas de app querem pagar miséria para seus entregadores enquanto os entregadores CLT acumulam + de 88,76% de aumento; só em 2023 foi 17,4% de reajuste e todos direitos trabalhistas garantidos

As empresas de app querem mesmo é continuar escravizando seus entregadores por aplicativos e que não tem registro em carteira.

Olha só isso: semana passada, entre os dias 12 e 13 de setembro, ofereceram R$ 17,00 a hora logada em proposta apresentada no GT tripartite do governo federal.

Um absurdo esse valor que ainda não contempla a hora online defendida pelos sindicatos, ou seja, aquelas horas que, no final do dia, os entregadores ficaram à disposição da plataforma, muitas vezes sem comer, ir ao banheiro e até descansar.

Ainda por cima, na proposta que foi veementemente rechaçada pelos sindicatos e centrais sindicais, não estão os valores que possam cobrir custos com saúde e a segurança dos entregadores que, para trabalharem precisam colocar do próprio bolso.

Além disso, o prejuízo destes entregadores que trabalham para as empresas de aplicativos passa dos 50% com redução dos valores de entrega, que chegou a R$ 22,00 e hoje não passa de R$ 6,00, sem terem também nenhuma condição de trabalho em longas jornadas, benefícios, algum tipo de ajuda ou auxílio das empresas de app em caso de acidentes.

Do outro lado deste cenário escravagista, os entregadores motociclistas e ciclistas que são registrados em carteira – regime CLT, somam aumentos de + 88,76% nos últimos 10 anos sendo só em 2023, exatos 17,4% de reajuste, trabalham 44 horas semanais, recebem periculosidade (só motociclistas), 13º salário, hora extra, seguro desemprego e toda proteção da Justiça do Trabalho, além da intermediação dos sindicatos.

Dá uma olhada nessa tabela de valores para entregadores CLT, no fim do texto, e confira.

Não somos nós apenas falando, mas sim estatísticas reais que comprovam a exploração e precarização que estas empresas promovem.

O governo federal não pode ficar omisso e precisa, por ter histórico de luta favorável aos trabalhadores, não permitir essa situação que é uma verdadeira afronta a todos entregadores do Brasil.

 

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