99 é empresa que precariza, mutila, sequela e mata trabalhadores, além de promover práticas antissindicais pagando entregadores para confrontar o SindimotoSP

Não é de hoje que as empresas de aplicativos deitam e rolam em cima dos trabalhadores. Já são 10 anos desde a chegada delas no Brasil, em que promovem precarização, fogem de suas responsabilidades sociais e deixam trabalhadores na mão quando acontecem acidentes, mortes ou, ainda, quando eles reivindicam seus direitos.

Como aconteceu ontem (29) na audiência pública para discutir regulamentação do mototáxi na Câmara Municipal de São Paulo, em que trabalhadores receberam R$ 250,00 da própria 99 (que já confirmou na imprensa esse pagamento) para participarem do evento que discutiria regulamentação do mototáxi na cidade. Óbvio que a 99 obteve êxito nisso porque a classe estava dividida.

O SindimotoSP, inclusive, denunciará essa ação hipócrita da 99 ao Ministério Público do Trabalho (MPT), verdadeira prática antissindical no sentido de desestabilizar o movimento sindical, bem como jogar trabalhador contra trabalhador.

Nesse contexto, a 99 não é diferente das outras empresas que atuam no setor, como o delivery, por exemplo, que tem o monopólio do iFood, justamente porque todas exploram os entregadores no mais absoluto sistema de escravidão em pleno século 21.

Elas não pagam direitos trabalhistas, não oferecem benefícios, fogem de suas responsabilidades sociais e morais, negam-se em receber os sindicatos, não querem negociar nem com os governos dos municípios, estados ou o federal. Recusam-se ainda a aumentar valor mínimo de remuneração (já são 10 anos de enganação) e colocam esses trabalhadores em longas jornadas de trabalho.

Vendem também um falso discurso construído por equipes de marketing, de liberdade e autonomia, mas que não se comprova diante das estatísticas de empobrecimento dos trabalhadores, aumento de acidentes e desilusão que vive os entregadores ao exercer a profissão.

No caso da 99, agora quer até mudar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) fazendo lobby no Congresso Nacional.

Enquanto gastam fortunas bancando festas para autoridades ou em programas e comerciais na TV, bem como contratando influencers para contarem “Histórias da Carochinha” e escritórios de advogados caríssimos, os trabalhadores estão mergulhados na maior precarização da categoria, acumulando dívidas e o pior: morrendo sozinhos em ruas muitas vezes escuras, deixando suas famílias desemparadas, sem ajuda e com um vazio que jamais será preenchido.

Isso precisa acabar!

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