Especialistas da saúde e segurança viária criticaram, na audiência pública da Câmara de Vereadores de SP, serviço de mototáxi sem responsabilidade social das empresas de app
No evento realizado hoje (5) na Câmara Municipal de São Paulo, especialistas da área de saúde e mobilidade viária, criticaram duramente a insistência das empresas de app em viabilizar o serviço de transporte de passageiros sem regras ou obediência às leis que já regulamentam o setor.
Dados colhidos em relatórios de instituições renomadas como o HC, a Abramet, a Secretaria de Saúde de São Paulo, USP e outras, mostraram que os índices de morte com motociclistas aumentaram absurdamente, cerca de 20%.
Segundo os depoimentos, os vereadores precisam ter um olhar diferenciado e aprofundado para que não haja, caso o mototáxi seja liberado, uma verdadeira carnificina nas vias públicas da capital.
Com o serviço proibido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, as empresas não discutem com os sindicatos, por exemplo, direitos trabalhistas, nem questões essenciais como saúde e segurança.
As empresas querem explorar o serviço promovendo a precarização e escravidão dos mototaxistas como as que atuam no Delivery já fazem.
Em caso de acidentes, elas também não querem a responsabilidade nem auxiliar financeiramente tanto o profissional cadastrado quanto passageiros.
A discussão segue nas próximas semanas com audiência pública da CCJ da Câmara no dia 12, quinta-feira, às 15h.
Em seguida a própria Câmara se reunirá para debater os projetos de lei entregues ao Presidente Ricardo Teixeira.
O SindimotoSP já entregou um projeto completo que contempla deveres e responsabilidades para as empresas, protegendo os trabalhadores e passageiros.
Abaixo imagens da Audiência Pública