99 mototáxi proibido em SP faz vítima fatal em serviço de transporte de passageiros suspenso pela Justiça desde o dia 16; jovem que veio a óbito tinha 23 anos

Larissa Barros Máximo Torres tinha apenas 23 anos e, por uma fatalidade que poderia ser evitada, tornou-se estatística de acidentes com mototáxi oferecido pela 99, que insiste em oferecer o serviço mesmo proibido pelo Tribunal de Justiça da São Paulo.

Segundo informações da própria família, ela estava usando o serviço de mototáxi da 99 quando veio a óbito após um acidente de trânsito na Avenida Tiradentes, no centro de São Paulo.

A ocorrência foi por volta das 23h30 deste sábado (24) e, segundo o BO registrado, o motociclista fugiu do local após o acidente, recusando-se a comparecer à delegacia quando foi chamado.

O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu o serviço de mototáxi na capital há dez dias, mas as empresas Uber e 99 afirmam que ainda não foram notificadas e seguem desrespeitando leis e ditando regras para o uso do serviço.

Em toda discussão envolvendo o assunto, em nenhum momento falam de obedecer às leis que já existem, dar as devidas proteções aos motociclistas, bem como passageiros em caso de acidentes, como o que aconteceu com Larissa, não querem dar aos trabalhadores nenhum direito trabalhista ou sequer sentar numa mesa de negociação com sindicatos legítimos para conversarem sobre essa questão, ficando evidente a total falta de responsabilidade social para com motociclistas e passageiros.

Agora, ficam diversas perguntas que merecem e precisam de respostas urgentes, por exemplo, como ficará à vida dos familiares com essa tragédia? E o futuro desse trabalhador, que carregará uma morte nas costas pelo resto da vida? Qual empresa vai de fato respeitar as leis e deixarem de querer explorar o serviço sem oferecer segurança nenhuma a todos envolvidos nesse tipo de transporte? E por aí vai.

De fato, diante da insistência das empresas em explorar o serviço sem controle, obediência as leis ou fiscalização, quem defenderá o trabalhador que está sendo iludido por ganhos que não existem e riscos que empresa nenhuma quer assumir?

Porque sem uma regulamentação eficaz e que obrigue empresas a seguirem normas, os riscos são muito maiores, os óbitos aumentarão, a conta ficará para os governos com as internações e, as empresas, ah, essas cada vez mais bilionárias.

Foto: Arquivo pessoal

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