Proibir moto nos corredores não é a solução

O Sindicato dos Motoboys de São Paulo (SindimotoSP) e a Federação Brasileira dos Motociclistas Profissionais (Febramoto) são contrárias ao parecer do deputado Juscelino Filho (DEM-MA), relator da proposta que altera o Código de Trânsito Brasileiro, que sugere proibir que motociclistas trafeguem entre os carros quando estes estiverem em movimento.

Para as entidades, a proibição não é a melhor opção para solucionar um problema tão grave, que é a mortalidade que ocorre no trânsito brasileiro, e sim o fortalecimento de políticas públicas efetivas que, aliadas a ampliação de ações educativas, poderão coibir o excesso de velocidade e os desrespeitos as leis de trânsito vigentes, diminuindo a mortalidade.

“Não é restringindo o direito de ir e vir das pessoas, que o governo irá enfrentar esse grave problema, que é a carnificina das estradas brasileiras”, explicou Gilberto Almeida (Gil), presidente do SindimotoSP.

Segundo o dirigente, o fato de as motos andarem atrás dos carros pode aumentar a insegurança e o número de acidentes, além disso, existe o fator congestionamento, pois se as motos tiverem que respeitas a distância de segurança entre os veículos, grandes cidades como São Paulo terão um crescimento vertiginoso do problema de mobilidade urbana.

“A prefeitura de São Paulo restringiu a circulação das motos nas vias expressas das marginais, nós apoiamos que o caminho correto seria pela educação, prevenção e orientação. Hoje as motos só circulam pela via local e o trânsito ficou mais carregado e aumentou o congestionamento”, disse Gil.

O Sindicato já entrou em contato com a assessoria do deputado Juscelino e está marcando audiência para tratar deste tema. O parecer aguarda votação na comissão especial, não tendo ainda data marcada.

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